População prefere congelados em vez de nutritivos

A praticidade do alimento desbanca a qualidade nutricional na hora do consumidor escolher qual produto vai levar do supermercado ou da feira.
Pesquisa encomendada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) entrevistou 1.582 pessoas, com mais de 16 anos. Os resultados  mostram...
que enquanto 34% priorizam a conveniência e a praticidade na hora da compra (entram neste grupo os congelados e semiprontos), o índice dos que levam em conta, em primeiro lugar, se o produto é saudável cai para 21%.
O potencial nutritivo da comida perde também para o quesito saboroso. Dos participantes da enquete, 23% afirmaram que escolhem o alimento se acreditam que ele é gostoso.
Os autores do estudo creditam a preferência pela comida prática e rápida à falta de tempo para cozinhar, por causa da rotina atribulada da população. O mesmo argumento já foi utilizado para explicar o aumento do sedentarismo e a queda de 12% do consumo de feijão, segundo pesquisa feita pelo Ministério da Saúde e divulgada este ano.
Para defender a culinária mais saudável, os especialistas recorrem aos inúmeros ensaios científicos que já elegeram a alimentação equilibrada e nutritiva como ponto chave para evitar doenças graves. O Instituto Nacional do Câncer (Inca), este ano, divulgou pesquisa afirmando que a boa alimentação (atrelada aos exercícios físicos) reduz em 28% o risco de desenvolver tumores malignos nas mamas. O próprio Ministério da Saúde, ao divulgar o aumento de hipertensão de 13,4% entre os brasileiros nos últimos três anos, alertou que somente com refeições saudáveis será possível reverter os índices.

Os alimentos congelados e semiprontos, em geral, têm nível elevado de sódio, um inimigo para a pressão alta.